Juventude perdida, Juventude abandonada
Quem não a entende diz, que ela está estragada
Mas ela não está estragada, ela não é má
Por culpa de quem não entende, ela está como está
Mortes por suicídio, todas têm uma razão
Não só escola, não só pais, não só vida, nem somente uma paixão
Pois ninguém quer morrer, ninguém se quer matar
Mas se se está a sofrer e não se sabe o que mudar
Pondera-se escolher entre a vida e a morte
A escolha é difícil, só acerta quem tem sorte
Pessoas que eram boas, pessoas com futuro
Deixam-nos assim na berma desse muro
De um lado está a terra. Terra da felicidade
Do outro um precipício é uma queda sem piedade
Ninguém se quer matar, ninguém quer morrer
A vida é difícil mas viver não é só sofrer
Pessoas que amamos negam-se a um futuro
E deixam-nos assim, sozinhos no escuro
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E com este texto dou por terminada a minha colaboração neste blogue, não sem antes apresentar o Anónimo como um heterónimo de Bruno Fehr, que desta forma concentra mais energias nele próprio.
Obrigado