Rastejo por vales e colinas
Cobertos de tojo quente
Já pontilhado de geada,
Na suavidade felina
De quem te sabe indefeso.
Avanço devagar, abrindo trilhas
Desbravadas em passo impudente,
Cada dedo como pegada
Entrando pelos covis,
Desrespeitando o defeso.
O olfacto serve de guia
A um desejo indigente.
A cada haste arredada
Exalo mais na selva densa
Odor de sacerdotisa.
Solto o ar pelas campinas,
Glacial, incandescente.
Sobem gemidos em toada
No pasto húmido de seiva,
Incensado pela brisa.
Estendo-me na nua pedra pia
Em labareda, já demente,
Pelas garras demarcada,
Bem ciente do alívio
Que o fogo profetiza.
Ajoelho em idolatria
No cume em êxtase ardente.
Abraço a impetuosa ramada,
Mergulho na seiva aspergida
Em que por fim me reteso.
Inclino em doce alquimia
Em adoração reverente.
É esta a minha morada,
Altar-oferenda de paixão,
Em que te sinto preso.
Cobertos de tojo quente
Já pontilhado de geada,
Na suavidade felina
De quem te sabe indefeso.
Avanço devagar, abrindo trilhas
Desbravadas em passo impudente,
Cada dedo como pegada
Entrando pelos covis,
Desrespeitando o defeso.
O olfacto serve de guia
A um desejo indigente.
A cada haste arredada
Exalo mais na selva densa
Odor de sacerdotisa.
Solto o ar pelas campinas,
Glacial, incandescente.
Sobem gemidos em toada
No pasto húmido de seiva,
Incensado pela brisa.
Estendo-me na nua pedra pia
Em labareda, já demente,
Pelas garras demarcada,
Bem ciente do alívio
Que o fogo profetiza.
Ajoelho em idolatria
No cume em êxtase ardente.
Abraço a impetuosa ramada,
Mergulho na seiva aspergida
Em que por fim me reteso.
Inclino em doce alquimia
Em adoração reverente.
É esta a minha morada,
Altar-oferenda de paixão,
Em que te sinto preso.
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on sábado, fevereiro 7
at sábado, fevereiro 07, 2009
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Divagações
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