Corro , fujo , procuro , e não encontro,
Ou o que encontro não me serve ,
Às vezes páro , e oiço em mim uma voz que geme ,
Diz que não adianta , algo atravessa-me em mim,
Não é rancor ou raiva , mas sim revolta.
Revolta essa que me força a viver.
Aqueço mas não rebento.
Borbulho de revolta por aquela voz,
Pelo o desencorajamento que oiço dentro de mim ,
Porque não há consciência, é tudo mentira.
Mas não me desencoraja pelo contrário determina-me .
Amo viver e grito recorrendo a todas as minhas forças interiores.
O eco arrepia-me , algo treme, (possivelmente eu),
Mas tudo parece impávido e sereno
Naquele manto branco de neve ...
Continuo à procura do meu abrigo, para estar perto de ti,
As pégadas relembram-me do peso do que é estar viva, tenho que voltar,
Tenho que voltar, digo a mim mesma repetidamente,
Enganando-me talvez, mas quem sabe? É a favor da vida.
Sei que estou a quebrar recordes pessoais,
Mas não limites, nah, limites não tenho!
E continuo... O horizonte abre-se , assim como meus olhos.
A paisagem está mais linda que nunca,
Pura e demente, quase confortável...
Ergo-me. E Constato:
Não sei se estou a chegar se a descobrir,
Ah mas sei que vale a pena ...
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on quinta-feira, dezembro 10
at quinta-feira, dezembro 10, 2009
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