Numa noite calma e serena , Angi acordou sem qualquer razão aparente ou audível, abriu os olhos no escuro, e reparou numa minúscula luz num canto do quarto.
Era irresístivel, e de lá de dentro uma voz femenina ouviu-se:
-Pssssssss !! Segue-me.
Assim o fez, a luz aumentou iluminando uma pequena porta verde que não existia dantes, mais pequena que o normal , e do outro lado estava um túnel, Angi pôs-se de gatas e entrou.
Perdeu o chão, e sentiu-se a mergulhar bem fundo.
Não era água, era bem mais denso que água, e se bem que era impossivel respirar, Angi não sentiu essa necessidade.
Estava morno e suave, não se ouvia nada. Um confortável silêncio banhava-a. Maravilhosas luzes nadavam naquele mar, correntes de cores frias e ou quentes.
Angi sentiu-se chupada por aquela luz e deixou-se levar, aproveitando para contemplar todo aquele fantastico cenário.
Quanto mais perto da luz, mais claro ficava, e quente, tão quente que perdeu os sentidos.
Voltou a acordar numa sala e perto de uma lareira, não reconheceu a decoração, mas parecia estar dentro de um castelo.
Levantou-se a custo e reparou nos objectos por cima da lareira, pareciam antiguidades, uma taça com esmeraldas embutidas, e uma chave cativaram a sua atenção. Por cima da lareira e na parede uma pintura de um jovem cavaleiro, imponente.
Um espelho de ferro enorme estava do lado esquerdo, Angi não reconheceu o seu próprio reflexo, para além do mais reparou que não estava só, por trás estava alguém deitado e caído no chão...
Angi tinha morrido sem se dar conta disso mesmo.
Fim
This entry was posted
on quinta-feira, novembro 19
at quinta-feira, novembro 19, 2009
. You can follow any responses to this entry through the
comments feed
.