„A liberdade foi o que de pior nos aconteceu“, foi isso que o meu capitão me disse assim que as primeiras bombas começaram a cair. „Dá-te por feliz por estares em Portugal pois os mais fortes são sempre os primeiros a cair“.
Pelas noticias vindas dos nossos aliados Europeus, a Ucrânia era neste momento o inferno na Terra onde 90% dos forças Bálticas, Polacas, Ucranianas foram dizimadas. No continente Americano as forças do sul e centro apoiadas pelos Chineses empurraram o exército Norte Americano quase até à fronteira do Canadá onde já se encontravam 5 regimentos Russos e estando o oceano pacifico a ser controlado pelo Japão e Índia a única rota de fuga era o oceano Atlântico, rota essa que traria a guerra para a Europa ocidental.
Só nos EUA 28 milhões de soldados e 55 milhões de civis perderam a vida. Portugal era agora a porta de entrada na Europa de 25 milhões de refugiados. Toda a costa portuguesa estava “minada” do que restava da armada Norte Americana.
Só nos EUA 28 milhões de soldados e 55 milhões de civis perderam a vida. Portugal era agora a porta de entrada na Europa de 25 milhões de refugiados. Toda a costa portuguesa estava “minada” do que restava da armada Norte Americana.
No oceano atlântico encontrava-se toda a frota marítima Britânica, Francesa e Alemã com o objectivo de parar qualquer ataque vindo por mar, ao passo que a força aérea e terrestre da União Europeia estava centrada num corredor que se estendia de Berlim a Bucareste.
As palavras do meu capitão estavam em parte certas. A liberdade permitia-nos fazer e dizer o que queríamos, viver onde queríamos e foi dessa liberdade, ou ideia de liberdade, que nasceu a nossa arrogância alimentada pelo poder que por sua vez aliada às pressões comerciais e politicas que impúnhamos ao Médio Oriente, Ásia, América do Sul, África e Rússia deixámos, sem querer, que fosse criado um governo tirano que nos impunha uma falsa noção de liberdade fragilizada pelas cedências constantes de liberdades em troca de um falso sentimento de segurança, enquanto nos guiavam para uma guerra que só as elites loucas pensavam poder vencer.
Apesar de Norte Americanos e Chineses terem usado armamento nuclear, a aliança Indo-asiática não o tinham ainda usado contra a Europa, que vivia sob um ultimato de rendição.
Era uma questão de tempo até a Europa cair mas mesmo vivendo no chaos, o exercito e povo olhavam para as elites politicas que nos tinham arrastado para esta guerra em busca de respostas, de orientação, de soluções, e de lá nada vinha a não ser a constante propaganda orgulhosa que apelava ao nacionalismo mesmo que as nações estivessem em ruínas. Ainda assim o povo lutava, não pelo país, não pelas suas casas já destruídas mas pelas suas famílias. O que é uma nação senão um aglomerado de famílias? As nossas famílias!
As palavras do meu capitão estavam em parte certas. A liberdade permitia-nos fazer e dizer o que queríamos, viver onde queríamos e foi dessa liberdade, ou ideia de liberdade, que nasceu a nossa arrogância alimentada pelo poder que por sua vez aliada às pressões comerciais e politicas que impúnhamos ao Médio Oriente, Ásia, América do Sul, África e Rússia deixámos, sem querer, que fosse criado um governo tirano que nos impunha uma falsa noção de liberdade fragilizada pelas cedências constantes de liberdades em troca de um falso sentimento de segurança, enquanto nos guiavam para uma guerra que só as elites loucas pensavam poder vencer.
Apesar de Norte Americanos e Chineses terem usado armamento nuclear, a aliança Indo-asiática não o tinham ainda usado contra a Europa, que vivia sob um ultimato de rendição.
Era uma questão de tempo até a Europa cair mas mesmo vivendo no chaos, o exercito e povo olhavam para as elites politicas que nos tinham arrastado para esta guerra em busca de respostas, de orientação, de soluções, e de lá nada vinha a não ser a constante propaganda orgulhosa que apelava ao nacionalismo mesmo que as nações estivessem em ruínas. Ainda assim o povo lutava, não pelo país, não pelas suas casas já destruídas mas pelas suas famílias. O que é uma nação senão um aglomerado de famílias? As nossas famílias!
A Turquia abandonou a sua posição neutral e entrou na Europa pela Grécia. A Argélia e união Africana invadiram a Itália e num acto de desespero a Europa lançou ICBM's sobre as principais cidades Turcas e Norte Africanas e foi impossível parar a multiplicação de explosões “cogumelo” um pouco por toda a Europa. Falava-se no fim da guerra. Mas como pode uma guerra ter fim se as elites que a alimentam estão vivas e de saúde exiladas na Escandinávia? Gozando da pseudo-neutralidade da união FiNorSe (Finlândia, Noruega, Suécia). Todos nós, soldados, sabíamos que a guerra não tinha terminado, sabíamos que após este inverno nuclear, os sobreviventes voltariam a guerrear-se mesmo que já ninguém soubesse porque lutava, mesmo que todos soubéssemos que estávamos no limiar do fim dos tempos. Um Apocalipse humano, um suicídio colectivo sem intervenção divina. Deus se existe, há muito que virou costas à pior das suas criações e nenhum homem ou mulher olhava para o céu à espera de intervenção divina, olhavam sim no desejo não ver mais uma chuva explosiva.
Fumo o meu último cigarro que no meio do cheiro nauseabundo a morte e químicos é o que de mais saudável os meus pulmões conhecem. Mesmo assim, decido deixar de fumar.
(excerto de Teanaris - Livro Terra)
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on quarta-feira, outubro 20
at quarta-feira, outubro 20, 2010
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Contos de Bruno Fehr
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