Avança tuas mãos
incandescentes
por sobre todos
os interstícios
do meu corpo.
Deixa rasto de fogo
dilacerante
à tua passagem
fazendo-me
pasto de chamas.
Faz-me rugir
sedento
cada poro calcinado
nesta dança
em labareda.
Suga sem tréguas
inclemente
todo o ar
deste incêndio
em fúria.
Extingue o vulcão
luminescente
em vapor de suor
que fervilha
em mim.
Arrasa impiedoso
arrogante
todos os sentidos
até à ruína
da devastação.
E faz de mim
terra queimada
em flor.
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on domingo, fevereiro 21
at domingo, fevereiro 21, 2010
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Divagações
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