É engraçado como te adivinho o suor. A tentativa de te conteres. A vontade exala-te pelos poros, enche o ar e alimenta a minha. Não resistas, cabrão, sabes que estou à espera que me arrastes, que me domines, que me fodas até não aguentar mais. Esse volume nas calças diz-me que não vais demorar muito mais. E tenho razão. Por trás de mim sinto um forte puxão no cabelo que me faz mover a cabeça para trás. E sinto calor. Não demores. Mas tu hesitas. Como se algo em ti tivesse medo. Não hesites. E decides-te e puxas-me e eu deixo-me ir atrás. Dói ser puxada pelos cabelos, dói ir pela casa, até onde tu queres que eu vá mas tu sabes que é esta dor que me deixa louca de tesão, que me incha, que me molha que me faz tocar o êxtase. És bruto, levantas-me e encostas-me contra a parede. Chupas-me os seios com uma violência que quase me faz chorar mas eu gosto, eu gosto e tu sabes. E continuas. E não tens dó. Sabes que o teu domínio vai durar pouco. E deixo-te gozar desse poder para logo retomar o meu lugar de Puta, da tua Puta preferida, e atiro-te contra o chão. Sinto que queres logo tocar o êxtase mas sei que não to quero dar. Brinco contigo, faço doer, provoco-te sensações que tu jamais imaginaste que podias sentir. Até que não aguentas mais. E me atiras ao chão. E eu deixo porque eu não aguento mais. E fodes-me, até já não restar mais nada, mas voltas a foder-me e a foder-me e és impiedoso tal como eu o sou contigo. E a luta dura até não haver mais forças, e sugamo-nos até não aguentar mais, no acto mais egoísta que podemos conseguir. E eu acabo a pensar. Porque é que as pessoas pensam que o sexo é amor ou uma expressão de amor e não o que realmente é? A expressão máxima do egoísmo...
Puta que pariu o amor!