Uma rapariga pega no telemóvel extremamente nervosa e clica no redial para falar com a sua melhor amiga.
“Bea, não sei o que fazer. Amo-o tanto e não acho que ele sinta o mesmo por mim. Quero dizer, sempre que o vejo ou penso nele, não consigo evitar sorrir. Por vezes ele vê-me sorrir e sorri de volta. É aí que os meus joelhos se tornam gelatina e sinto borboletas no estômago. Eu sei que o achas giro, adorável mas olhando mais profundamente encontras mais... Uma pessoa carinhosa, cheia de consideração e tudo isso me faz sentir que não o mereço. Bem, na verdade eu não o mereço mesmo. Ele é perfeito demais, tanto que todas as raparigas estão caídas por ele. Eu não consigo ser como elas. Elas são todas tão bonitas e cintilantes e... eu... eu não... nem me posso comparar a elas. Quando penso nele, quando o vejo, só sorrio. Ainda não te tinha dito, mas ele ligou-me há pouco tempo para falar do trabalho da escola. Fiz figura de parva. Estava completamente embaraçada e não conseguia parar de gaguejar. Mesmo assim, ele foi um querido continuando a falar como se me tentasse fazer sentir melhor. Ele é PERFEITO e eu não o mereço... Mas porque é que continuo a desejar que ele repare em mim? Porquê? Bea? Beatriz, estás aí?
“Eu não sou a Beatriz!”
Petrificada a menina pergunta, “Quem és tu?”
“Eu sou o rapaz cujo sorriso transforma os teus joelhos em gelatina. Aquele que te faz sentir borboletas no estômago e que sorri quando te vê sorrir. Só te queria dizer uma coisa: Tudo o que disseste agora, é o que não tenho tido coragem para te dizer, desde há muito tempo, mais exactamente, desde o dia em que te conheci”.
Por: Shilan Nozari
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Passatempo Fev 2011
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