Navego em mar encapelado
cavalgando as ondas em teu corpo
na crista da espuma suada
que de ti se desprende
em busca de enseada recôndita
onde anseio espraiar os sentidos
Pressinto a dureza do cais
Provo o sal da rocha que se alteia
Ouço o rugido suave das profundezas
Vejo-te em oscilação ritmada de maresia
Cheiro o doce acre que se desprende
da maré viva que libertas
Ribomba ao longe a tempestade que se aproxima
Faíscas de luz rasgam-me por dentro
Explode o céu no infinito
E amanhece.
This entry was posted
on sexta-feira, setembro 24
at sexta-feira, setembro 24, 2010
and is filed under
Divagações
. You can follow any responses to this entry through the
comments feed
.