porto de mel porto de fel
insatisfeita me arrasto
pela cama do teu corpo
é a tua alma que procuro
quando as minhas unhas se cravam
na tua pele
vagueio com destino
sugo até ao tutano
o que mais íntimo tens de ti
devoro insaciável
tudo o que tens
tudo o que és
prendo-te rendes-te
à minha sombra
que é rainha das tuas noites
esquece tudo
hoje a Senhora sou eu
e tu és meu
Seguíamos pela estrada, as luzes apagadas guiados somente pelo brilho vermelho do carro que nos precedia, à distancia, para não sermos percebidos, o silêncio entre nós era sobretudo cómodo, avistámos o carro a parar e também parámos a uma boa centena de metros, invisíveis na noite, sem uma palavra e tentando esquecer que respirar era uma necessidade saí e dirigi-me na sua direcção, caminhei furtivamente até chegar tão perto que quase lhe podia tocar. Estava suspenso na beira da falésia, alto, magro, ombros espaçados de cabelo castanho reflectindo a luz da lua, parecia vacilar perante a atracção do salto, hesitei e com a voz mais calma que consegui, disse-lhe:
-Por aí arriscas-te a falhar, a queda não deverá ser fatal – Virou a cabeça num repente, sem mover o corpo, parecia que a qualquer momento, poderia desaparecer projectado no espaço, a incerteza secava-me a voz – Mais acima é mais certo, o voo é curto mas as rochas lá em baixo dão-te a garantia de que não acabas no hospital a lamentares a decisão.
-Eu não…- Tinha-se agora afastado da berma, a lua iluminava-lhe a face, o rosto atraente e os olhos expressivos, janelas para uma alma experiente mas com um certo brilho de criança curiosa e meio perdida. - Eu moro aqui perto, venho aqui para pensar - Disse-me hesitante, enquanto me tentava adivinhar por entre as sombras.
-Pois, sei, olha não quero saber se te vais mandar daí abaixo ou não, mas antes podias… não tens por acaso ai um cigarro? - Aproximei-me e deixei que me visse o rosto, tirou o maço do bolso e estendeu-o, tirei um cigarro e acendi-o. Senti a pressão do seu olhar e procurei ocultar-me.
-Esta lua atrai os suicidas - Continuava a tentar soar inexpressiva -Deixa-me adivinhar, descobriste hoje que a mulher que te dava tesão, só andava a brincar contigo, que fodia com outro, ou com outros e apeteceu-te ver se tinhas tomates para acabar com aquilo que pensas ser a merda da tua vida? - Receei ter exagerado, por um momento pensei que o poderia perder e decidi arriscar tudo - Olha, se moras aqui perto, não tens por acaso nada que se beba? Estou com sede e apetecia-me algo que me aquecesse a garganta e fizesse libertar este frio que sinto por dentro . Olhou-me sem saber o que dizer e virei-lhe as costas, tentando perceber se já estaríamos sozinhos ou se ainda nos observavam à distância e disse-me que sim, que podíamos ir até à sua casa, que tinha uma garrafa de whisky ainda por abrir, se me serviria. Caminhei em direcção ao seu carro, tentando não parecer ansiosa, adivinhei a porta aberta e entrei, ficou ali parado, parecia não saber o que fazer e finalmente num gesto decidido entrou no carro, ligou o motor e arrancou.
No caminho, procurei não o olhar, queria fugir, mandá-lo parar e sair, pressentiu a minha ansiedade e estendeu-me de novo o maço, tentei sorrir enquanto acendia um cigarro e apercebi-me que me avaliava o corpo, notei que lhe agradava e não conseguia decidir se isso me atraía ou aterrorizava, mas sentia um pico de excitação subir por mim acima, como um fiozinho de calor. Fumava de forma casual numa pose de mulher fatal soltando pequenos anéis de fumo que caprichosamente se introduziam uns nos outros, parecia nem reparar nisso.
Estacionou o carro à porta do que já sabia ser a sua casa e saímos, fez por ficar para trás enquanto subíamos as escadas, senti que me olhava e decidi brincar com ele. – Não me apalpes o cu, mas podes olhar, sei que o tenho aí atrás… - Pareceu incomodado mas não disse nada. Tirou a chave do bolso, abriu a porta e entrámos, o apartamento estava mais arrumado do que esperava de um homem que vivia só, disse-me para estar à vontade enquanto ia buscar a garrafa e dois copos, encheu-me um, aparentava admirar o líquido que saía da garrafa num transe e estendeu-mo, desta vez sorri-lhe sem fingimento e aceitei o copo e bebi de um trago, deixando o álcool arder-me a garganta e depois todo o corpo em fogo aqueceu num instante de combustão que me libertava e vi que me olhava embevecido, não sabia se com paixão, tesão ou apenas desejo. Circulei pela sala, tentando adivinhar onde poderia estar o que procurava, assimilando tudo o que me rodeava como se somente com os dedos pudesse penetrar em todos os seus segredos e de repente num impulso irresistível aproximei-me, primeiro o corpo, depois o rosto e os meus lábios sentiram os dele e beijei-o.
O beijo foi um momento de doçura estranha, tinha ainda na boca o travo do álcool e destilei-o em filtro por entre as salivas que trocávamos, consumia-me toda com o seu sufoco e senti o aperto, frágil indefesa nos seus braços, os nossos corpos fundiram-se em forma de beijo, os meus peitos queriam rebentar esparramados contra o seu peito e a nossa intimidade encontrou-se por um momento, senti o seu vigor e estendi a mão para o apertar desesperada despi-lhe a camisa e beijei-lhe um mamilo, queria experimentar a sua sensibilidade e rocei os dentes num bico, percebi um tremor e então beijou-me como se nada mais importasse, como se as nossas vidas dependessem do ar que partilhávamos, o ultimo oxigénio à face da terra estava ali e ia esgotar-se num segundo. Puxou-me carinhosamente para si, tombou na cama e despiu-me, os peitos à altura do seu rosto, hirtos, prestes a explodir de desejo e comeu-me os seios com a boca, a língua brincava em círculos e vibrava como uma corda de instrumento afinado, estava a ficar louca, parou de repente estacionado nos meus olhos, via-lhe o desejo profundo de força, um simples e primitivo desejo, despi-me completamente para que pudesse sentir toda a minha pele, o calor do meu calafrio que se transportava de dentro para fora de mim e ele fez o mesmo e puxou-me para si, nus sagradamente profanos, poros em desalinho, suávamos sem cheiro e ele parecia procurar esse cheiro, parecia querer confirmar com todos os sentidos que eu existia, naquele instante, que existia apenas para ele.
-Olha há algo que tens que fazer primeiro, nenhum de nós quer acordar arrependidos de ter dado uma foda na sorte – estendi a mão ao bolso das calças, procurei um preservativo que tinha guardado de véspera, sem sequer ter pensado porquê, arrepiou-me imaginar que poderia ter previsto esta necessidade, rasguei a ponta e tirei-o lá de dentro agarrando-lhe no pénis - Queres tu pôr, ou ponho eu? – não disse nada, era agora o desejo que me controlava, sorri e beijei-o enquanto lhe colocava o preservativo, estendeu a mão e penetrou-me com dois dedos, estava húmida e tremi de ponta a ponta, dos pés aos cabelos.
Num instante perdi-me de razão, queria marcar este homem como meu, queria que o mundo soubesse que fora meu, queria que soubesse que o tinha como meu e pesei todo o corpo sobre o dele e mordi-lhe os lábios com a força da fome, quando o sangue jorrou bebi como um vampiro em desespero, sedento de vida.
-Porque fizeste isso? – Perguntou-me com ar espantado.
-Quero que me sintas amanhã, quero que me sintas depois de já não teres tesão, quero que sintas depois, quero que me sintas o cheiro quando passares a mão pela tua boca.
Beijou-me, devorou-me, mas era eu que me alimentava do seu sangue, que o sentia agora dentro de mim, abri-lhe todo o meu interior para que me pudesse penetrar completamente, deixámos de ser indivíduos para ser algo maior, gémeos andróginos em movimento sincronizado, dividia-me entre o desejo do seu orgasmo, do disparo da sua prole e a minha própria vontade, queria que me esperasse, queria ainda mais um tempo de si, esmaguei-me contra ele e apertei-o com o meu interior, queria que me sentisse no momento da convulsão, reconhecia-lhe o esforço em suster o clímax e beijou-me, primeiro os olhos e depois os lábios, de novo o doce do seu sangue a invadir-me a boca e não resisti mais, num ultimo aperto impossível, larguei o corpo em contracção, tonta, zonza, perdida de prazer, descarregava ondas de sentidos, puros, impuros, gemi guinchei e afoguei o meu grito dentro da sua boca. Adivinhei o seu orgasmo.
Saiu de cima de mim e deitou-se a meu lado, imóvel, saciado, sem palavras, parado sem que lhe ouvisse o respirar e depois, não sei quanto tempo depois, adormeceu.
Esperei, uma hora, dormia calmamente, duas horas, em sono profundo, três horas e levantei-me, nua, sem som nem cheiro, sentei-me a observá-lo, quatro horas.
Sem som nem cheiro, como um fantasma na noite, fui até à mesa onde estava o seu portátil, liguei-o, esperei que arrancasse e introduzi a password, que sem espanto funcionou e enfiei a pen que entretanto recuperara das calças caídas no chão, conjuntamente com um papel dobrado em quatro com instruções simples, escritas à mão, segui-as uma a uma, metodicamente, pressionando cada tecla com um só dedo, abrindo e fechando cada janela que se abria e depois, fiz o teste, a instrução final e verifiquei que o resultado era o previsto, desliguei o computador, recuperei a pen, vesti-me e preparei-me para sair, no ultimo momento voltei para trás, escrevi apressadamente uma nota e deixei-a sobre a mesa, não resisti a um olhar naquele corpo nu, os lábios vermelhos, a marca, a minha marca brilhava como uma flor ferida. Saí.
Já na rua, foi fácil encontrar um táxi, sem expressão de emoção indiquei a morada ao condutor e deixei-me cair para trás, de olhos fechados a pensar como tinha sido capaz de descer tão baixo na vida.
O próximo texto do "Cadáver Esquisito" está dividido em 2 partes. Eu escrevi a primeira, passando apenas a última palavra do meu texto ao Bruno Fehr a qual ele usou para começar a escrever a sua parte.
(a palavra passada entre nós é "cabeça" e aparecerá no texto apenas uma vez)
Ipsis Verbis - vermelho vinho
Bruno Fehr - verde garrafa
Preparava-se para escrever. Sentada ao computador, de cigarro na mão e à espera do café que já cheirava da cozinha.
Não estava inspirada. Olhava para o fumo e demorava-se a imaginar pequenas nuvens animadas. Levantou-se para ir buscar o café. Estava um calor estranho naquela noite, mas o café quente soube-lhe bem.
Voltou a sentar-se de frente para o monitor branco. Olhou para a estante dos cds e tirou um sem escolher.
Colocou os fones.
Encostou-se na cadeira, com a cabeça para trás e fechou os olhos. Agora sentia apenas a mistura do café, de um segundo cigarro e da música.
Acabou o cigarro e o café. A música continuava... terá adormecido?
Estava tanto calor naquela que a ideia de um duche frio não lhe saía da cabeça, a minha que parece querer explodir ou implodir, já não consigo pensar logicamente se é que alguma vez o fiz. Apesar da ressaca ainda me lembro dela. A sua imagem vem-me à memória como se fossem diapositivos, imagens estáticas de um passado distante, que afinal, foi só há algumas horas mas anos luz de álcool.
Estava eu divertido a beber submarinos, uma actividade normal nos últimos tempos tentando colocar-me numa espécie de coma que é a única forma de eu dormir, quando ela entrou. Estragou-me logo a noite, pois ela é linda. Depois disto tive de beber mais, beber para dormir e beber para a esquecer. Mas como posso eu esquece-la quando ela está sempre presente?
Fecho os olhos e vejo-a, abro os olhos e vejo-a, olho para o outro lado da cama e lá está ela. Sim, ela está na minha cama e ao vê-la tenho de me levantar e beber mais um pouco. Sei que logo à noite ela estará lá, no mesmo bar, à mesma hora e sei que vou acabar na mesma cama que ela.
20 anos de casamento tem destas coisas.
Gosto do meu namorado, que me está a beijar o pescoço, e acho que não era capaz de o trair. Ele não repara que o gajo está a olhar para mim. Pelo menos não é um daqueles monhés que se fixam no meu rosto como se nunca tivessem visto uma mulher. Parece europeu, quem sabe português ou espanhol. Norueguês não é com certeza. Eu ainda tento desviar o olhar, mas ele está sempre lá. E olhá-lo directamente, também não resulta. Ele simplesmente não desvia o olhar. E é um dos olhares mais perturbadores que já vi... É como se conseguisse congelar tudo à volta dele só pela presença. Não gosto disto, não gosto. Será que se eu me levantar e lhe der um estalo ele acorda para a vida, e deixa de olhar para mim, para nós? Deus queira que saia na próxima estação de metro...
Online.
Eu sou Cerilis, Eurobot XI, unidade 3009 da brigada de leste. Tenho... o meu mecanismo está seco não funciono na perfeição. A minha base de dados dá-me uma data que não coincide com a minha memória central, isto poderá ter dois motivos: Primeiro, que o meu sistema foi manipulado de alguma forma. Segundo, que eu estive desligado durante séculos.
Eu sou Cerilis, Eurobot XI, unidade...ou fui. Não sei o que sou na verdade, mas a minha memória central permanece intacta.
As estrelas sobre mim formam os padrões da Terra no meu banco de memória. No entanto este não é o mundo que conheço, o berço da humanidade. Olho o chão na minha base, o aspecto do solo é terrestre e familiar. Coníferas e vegetação perene atingem a altura de um terço da minha estrutura. Na minha base de dados isto era um deserto. O céu está livre de sinais electromagnéticos. Contraditório, tendo em conta que o ar está altamente contaminado e não é possível o ser humano sobreviver nestas condições. De alguma forma a vegetação adaptou-se e o planeta vive.
Sou uma máquina de guerra. A minha missão é defender a fronteira Euro-Asiática e não deixar que humanos passem esta linha de defesa, para isso estou armado para exterminar quem o tente fazer. A federação Euro-Americana está em guerra com a união Indo-Ásia, civis asiáticos tentam fugir para território Europeu aos milhões. Sou uma máquina de guerra que precisa do seu comandante humano, sem ele, sem ordens a seguir a minha existência não tem sentido.
A minha comandante é a Lituana Nina Fiodorova, ela de certa forma alterou a minha programação. Ela reprogramou-me para diferenciar humanos adultos de crianças. A minha nova missão é não exterminar os segundos. O meu cérebro é electrónico mas com capacidade de recolher novas informações e agir consoante a minha análise lógica. As informações da minha comandante faziam todo o sentido, até aos acontecimentos que tenho registados à data que fui desligado.
Tanques Indo-Asiáticos aproximavam-se da fronteira, sobre eles estavam sentadas dezenas desses humanos crianças, o meu sistema entrou em conflito entre exterminar a ameaça que avançava e não atingir esses humanos. A análise lógica foi não disparar. Suportei 8 impactos, ao nono fiquei offline.
A minha escotilha abre. Vejo algo num bunker à minha frente camuflado numa colina. A vegetação afasta-se para deixar um longo tubo metálico passar. Dele, algo que reconheço ser uma cápsula de lançamento voa na minha direcção. Controlo a sua trajectória criando um campo electromagnético. Mesmo sabendo que a minha armadura é de cybercrómio, não tenho ilusões dos danos que me causaria se a cápsula falhasse a escotilha e atingisse a minha armadura.
Eu tenho uma escotilha inferior, eu tenho escadas de acesso a ela, a cápsula de lançamento é para ser usada em casos extremos de radiação, de modo a salvaguardar a vida humana dentro dela.
Eu sou Cerilis. Não questiono nem confronto o meu comandante ou as directivas dos seus superiores.
Desta cápsula sai não a Nina Fiodorova pois de acordo com os meus dados eu estive desligado durante 648 anos e a vida dela há muito que expirou, mas sim um desses humanos criança. Activa o meu sistema de comando e apresenta-se como Aisuke Hiromi meu novo comandante. A idade, o aspecto, a linguagem que reconheço é não de um comandante das unidades Eurobot mas sim do inimigo. Manualmente este intruso insere dados no meu computador central. No ecrã aparece um asiático de bigode ao qual Aisuke baixa o olhar em respeito.
“O exercito de libertação não resistirá aos ataques da federação, tu és a nossa última esperança ”, afirma a cara no ecrã.
“Não o desapontarei professor”, responde o meu intruso.
O meu sistema assume a programação inserida manualmente. De uma unidade exterior recebo um upload de armas, máquinas, símbolos, estratégias, novas ordens.
Eu sou Cerilis, Eurobot XI, unidade 3009 da brigada de leste.
Eu não sou Cerilis, Eurobot XI, unidade 3009 da brigada de leste.
O conflito no meu sistema paralisa-me. O meu computador central e o meu banco de memória são dois sistemas distintos, onde a reprogramação do primeiro exige uma análise lógica do meu banco de memória e tudo nele é contraditório. Detecto diversos sistemas de armamento que desconheço ligados a mim a serem activados e lentamente a serem reconhecidos pelo meu computador central. Os meus reactores parecem-me ter sido substituídos com uma tecnologia que desconheço. A minha armadura está reforçada por um campo de forças electromagnético que não faz parte do meu sistema.
O meu computador afirma “programação concluída”, Aisuke grita: “as Zikons estão a escapar”. Automaticamente identifico o que é uma Zikon devido à alteração na minha programação e disparo dois misseis MrxIII em direcção a esses objectos voadores. Os meus misseis embatem nos escudos das Zikons não causando qualquer dano. Como? Nenhuma máquina humana resiste a estes misseis. Mudo automaticamente para os meus seis canhões Trakon com misseis de fusão.
O inimigo cai em chamas.
Estou em conflito de programação.
Na queda noto o símbolo do inimigo as letras FEA (Federação Euro-Americana) dentro de um logótipo que representa um olho, é o símbolo dos meus construtores, da Federação por quem fui construído e programado para defender. Sei disso, mas a minha análise lógica é um sistema externo à minha programação central e essa foi alterada para os ver como inimigos.
Ao longe vejo máquinas de guerra, centenas delas. Parecem-me Eurobots mas não o são. A minha análise à sua constituição mostra materiais que não conheço, armas que não possuo no meu banco de dados e 3.000 toneladas a mais do que eu.
Eu fui Cerilis, Eurobot XI, unidade 3009 da brigada de leste. A lógica diz-me que estou obsoleto, mas a energia que corre no meu sistema dá-me a ilusão do contrário.
Lanço uma bateria de misseis que não faz parte da minha linha de fabrico e não sei porque a lancei, atinjo diversos Eurobots que me parecem ficar offline. Detecto 18 morteiros plasma na minha direcção e automaticamente lanço 40 pods que atraem esses misseis.
Aisuke grita,”relatório de danos”. O meu computador central responde “integridade intacta” e Aisuke ri.
Observo a retirada da forças Federativas. Aisuke coloca-me em vigia automática.
A Federação é o meu novo inimigo. Eu sou uma máquina de guerra programada para defender o ser humano e atacar o ser humano. Uma contradição que é explicada na minha programação pela forma de cores, símbolos, bandeiras, estandartes, línguas e raças dentro da raça.
648 anos após ter ficado offline. 459 anos após a minha activação, o ser humano continua em guerra com ele mesmo em nome de ideologias de homens que esgotaram o seu tempo terreno e tudo por um palmo de terra.
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