Se tu andasses movido apenas ao meu desejo, os teus pés correriam velozes sobre a cidade.
Se o teu corpo se sacudisse ao som dos meus pensamentos (que, mudos, te chamam), dançarias todos os ritmos com graciosidade felina.
Se os meus gritos surdos de loucura pudessem dotar-te de força, nascer-te-iam asas nas costas, e tocarias as nuvens com a ponta dos dedos.
Porque me povoas as noites com a luxúria dos sonhos livres, que me ensopam a pele e me consomem a razão.
Porque os meus olhos falsificam, ao olhar-te, o crescente murmúrio do meu corpo que se quer fundir no teu.
Porque a dança dos meus sentidos é teia invisível em teu redor, adormecida para que dela nunca suspeites.
É desejo nú o que me atormenta, meu bem.
Que o meu coração não te pertence, nem se deleita com o ouvir da tua voz ou o sentir do teu perfume.
Não.
Eu não te amo, guerreiro.
Mas este desejo sim, tem o teu nome tatuado em brasa.
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on domingo, março 13
at domingo, março 13, 2011
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