De que se faz o amor?  

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Como sei, perguntas-me tu?

São os teus olhos que falam comigo e me contam de Mundos partilhados, de viagens fantásticas, de vidas trazidas, em memórias, ao presente, que me acariciam a pele sem me tocar.

São as tuas palavras embalando-me a alma, cantando-me trovas sem o saberes, nutrindo-me o coração, afagando-me o corpo, calando-me, aos poucos, o medo.

É o cheiro da tua pele na minha, um chegar a casa com o corpo cansado e a precisar de mimos, um aroma a pertença, a partilha, a doçura.

É o teu abraço forte que me protege e ampara, o ninho que crias para que nele me aconchegue e ressurja, equilibrada e forte.

É o beijo da tua boca vermelha na minha, promessa de brisa que sossega a tempestade revolta do mar, que acalma o chocalhar disperso das pulseiras de cigana que me adornam os braços, que me faz querer ficar ali, suspensa no tempo, no espaço, sem peso, sem saber, sem pensar.

São os segredos partilhados, as cumplicidades tão reconhecidas, o ser um e ser dois e crescer mais e querer mais, as descobertas de todos os dias, o sabor a mar nos lábios, e a terra para fincar os pés, e o fogo no peito, e o ar para espraiar as asas.

Como sei?

Não sei.

Mas quando penso em ti, recordo-me de tudo isto.

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1 Devaneios

De tudo isto e...

Mais ainda...

E é assim que sabemos. :)

Beijinho, Mag :)

11 de agosto de 2010 às 02:13

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