Jardins ninfomaníacos
Quando amanheço, com ele no ar,
e agito-o, sem querer,
e em minutos, bem devagar,
quero-me vir.
Quero-me vir, mas não me venho,
pois tu acordas e ele olha, p'ra ti,
quer um pedaço, da tua atenção,
do teu esfregão.
Ele quer-te comer, não tenho culpa,
é ele quem manda e eu obedeço,
ele toma controlo, faz o que quer,
eu nem gosto de te foder,
Dá-me atenção, eu também estou aqui,
sinto-me usado, sinto-me abusado,
Por ti mulher.
Tu nem me ligas, só gostas dele,
Pegando-o, sem pudor,
Vai com jeitinho, ele é meu
e isso dói.
Ai como dói, já nem o sinto,
ele não murcha, que spray é esse?
ardo em dor, sinto calor,
será que é, um esquentamento?
ou eu não tenho, andamento p'ra ti,
quero parar, mas não me deixas.
Grande maluca, tu vai ao médico,
tu és doente, eu sou abstémio,
larga-me o fecho, deixa-me em paz,
sexo não é, quando quiseres,
eu tenho um limite e este é o meu fim,
por minha cruz
apaga-se a luz, eu já me vim...